quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Antigos Humanistas Portugueses





Every age has its own outlook. It is specially good at seeing certain truths and specially liable to make certain mistakes. We all, therefore, need the books that will correct the characteristic mistakes of our own period. And that means the old books.». C.S.Lewis @ JPP in abrupto
 
Assim a leitura dos antigos humanistas portugueses, que refletem sobre a vida que passa, se complexificando e tipificando, permite suscitar evidencias à interpretação do nosso presente. Os séculos que por esses humanistas se inteligem, lendo-os, não se decantam para nós apenas em preceitos universais de humanidade, mas funcionam também como proveitoso diálogo entre uma forma e modo passado e um hoje outro presente, deles futuro, pela sua pertinência reflexiva, pela hermenêutica humanística que proporcionam, pelo seu amor a Portugal, pelo seu serviço ao Estado, pela exigência, gosto e benefício de sua conversação e experiência. Se muitas das suas afirmações ainda são válidas para o nosso tempo assim é porque falam à natureza humana que procura interpretar-se, na sua liberdade, pesquisa e criação. Somos por eles estimulados a encontrar, no seu registo, a nossa dispeculação e as nossas próprias epocais e diferenciadoras características. A inteligência do autor está lá, o seu estilo é o seu vinco de alma, a sua temática, a sua paisagem substantiva e adjectiva é a época, mas a sua consideração humanizante e a temática de sua conversação não é apenas de ontem. A fundamentação matemática e suas aplicações técnicas e económicas não se substituem ao conhecimento da natureza humana. A técnica implica-se na nossa história vivida com conteúdos, cenários, valores, projeções, tal como as interpretações humanistas provenientes de várias fontes, antigas ou modernas, conferem-nos uma identidade linguística e histórica necessária à autoconsciência e à pertença comunitária.