domingo, 31 de dezembro de 2017

Imagens de Portugal



«Luiz de Camoens es príncipe de los poetas que escrivieron en idioma vulgar»
Lope de Vega

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Tempos com visão de longo prazo




«(...) A difusão de ideias e de valores através das imagens revela-se, ao longo da História, um processo recorrente por quem tem o poder e o dever de servir de exemplo à restante sociedade. Por isso, os meios difusores e a forma como se constroem as mensagens são cuidadosamente pensados e seleccionados. (...)»

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Saudades do Mar


Artes


Nunca, por Mais


Nunca, por mais que viaje, por mais que conheça 
O sair de um lugar, o chegar a um lugar, conhecido ou desconhecido, 
Perco, ao partir, ao chegar, e na linha móbil que os une, 
A sensação de arrepio, o medo do novo, a náusea — 
Aquela náusea que é o sentimento que sabe que o corpo tem a alma, 
Trinta dias de viagem, três dias de viagem, três horas de viagem (,,,)

Álvaro de Campos

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

sábado, 28 de outubro de 2017

Roteiros Reais



No próximo dia 11 de Novembro às 10:00 voltamos aos nossos Roteiros Reais com o nosso associado Joel Moedas Miguel desta vez com uma visita guiada à Quinta dos Marqueses de Alegrete, na Charneca do Lumiar - Campo das Amoreiras, 94 - 1750-025 Lisboa.

A visita é limitada a 40 pessoas.

Em 1687, El-Rei D. Pedro II atribui o título de Marquês de Alegrete a Manuel Teles da Silva, 2º Conde de Vilar Maior, pela sua participação como um dos 40 Conjurados de 1640, pela sua dinâmica nas Guerras da Restauração e como Embaixador de Portugal. A ele se deve a construção da Quinta Alegre, destinada a quinta de recreio da família às portas de Lisboa. Depois dele, a sua descendência aumentou e redecorou a casa, sendo um excelente exemplar da arquitectura e das artes decorativas do séc. XVIII.

Para mais esclarecimentos e inscrições contacte-nos através do endereço: 
pelo telefone 21 342 81 15, 
presencialmente: na nossa Sede e nos horários habituais.

sábado, 9 de setembro de 2017

Acerca do futuro


«Para termos controlo sobre o nosso futuro temos que ser capazes de aumentar a margem de manobra de gestão das nossas interdependências tanto comerciais como financeiras. É, por isso, dado o atual nível de endividamento, essencial prosseguir com a consolidação financeira dos agentes públicos e privados e, paralelamente, criar condições que favoreçam o investimento e o aumento da produtividade. Só isso nos permitirá ganhar margem de manobra necessária para agarrar o futuro, libertando-nos das amarras do passado. O futuro está nas nossas mãos!»


sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Todos os dias


«Há tantas coisas admiráveis no que ela disse como na inteligência, generosidade e nobreza com que fala. O título - "O que eu fiz é muito duro, mas o que a minha mãe faz todos os dias é muito mais" - está muito bem encontrado. Recuso-me a estragar o prazer de quem ainda não leu a entrevista mas basta dizer que ela explica porquê e muito mais. É espantoso como a primeira reacção de Inês Henriques ao título mundial foi partilhar a vitória não só com o treinador Jorge Miguel, com o namorado e com os pais mas com todas as mulheres e todos os homens, atletas ou não, que lutam teimosamente contra as dificuldades da vida.»                              
                                                                                           Miguel Esteves Cardoso
                                                                                                   

Leituras

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Artes

A.Gonçalves


Meu fiel caderno,
Materno seio e feitura,
De razões plena escritura
Onde inscrevo, fio e pinto,
Mundo, gente, forma,
E o fervente desejo inquieto
Que dá mor força ao pensamento
Por enganos, desconcerto, adivinha,
Curso de longa aspereza
Em roda de circular cruz.
                                                PC

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Imagens de Portugal


«Não é facilmente visível. Para a encontrar, tem de se saber o que se procura. É uma extraordinária varanda construída numa fase adiantada das Capelas que virão a ficar "Imperfeitas". Os seus autores serão Miguel Arruda e João Castilho, arquitectos do mosteiro nos anos 1530 e 1540. A varanda (tribuna ou janela), recheada de imagens e símbolos de difícil interpretação, fica ofuscada pelo portal manuelino sobre o qual se encontra. A distância que nos separa dela ajuda a passar desapercebida. Mas é uma obra inesquecível. Além das personagens cimeiras, quimeras e seres híbridos, temos, na base das três colunas, o rei D João III ladeado por um africano e um índio! As esculturas, de autor desconhecido, terão sido feitas a partir de modelo, o que era raro e, no caso do rei, inédito até essa altura. Na verdade, são retratos. Aquelas duas personagens no mesmo nível e com quase a mesma dignidade do rei deixam-nos a meditar na nossa história.»                           

                                                           Texto e Fotografia de António Barreto
Que é feito dos homens livres do meu país? Estão assim tão dependentes da simpatia partidária, dos empregos públicos, das notícias administradas gota a gota, dos financiamentos, dos subsídios, das bolsas de estudo e das autorizações que preferem calar-se?” 
                                  António Barreto in Observador, Macroscópio, e DN

terça-feira, 11 de julho de 2017

Análise da Situação Política

Pieter Brueghel o Velho - The triumph of death (excerto)



É consensual que os nossos problemas decisivos têm sido políticos:

  • De organização (a mais antiga e eficaz das tecnologias humanas),
  • De consenso (porque não existe uma mesa onde a conversação possa convergir em vez de sempre divergir),

  • Insistimos em práticas que não se demonstram fecundas,

  • Não procurando propostas fundamentadas (ausentando a Academia nos processos de decisão).

Uma transformação económica exige uma profunda transformação política.


Se têm sido continuamente solicitadas à sociedade mudanças de comportamento, adaptações e sacrifícios, também a sociedade encontra necessidade de mudança na política.

Se havemos de passar a um novo patamar económico, político e cultural, são imprescindíveis a continuidade estratégica, a monitorização dos programas em realização, os consensos sobre objetivos comuns à democracia e o reforço da credibilidade do Estado.

A política decorre na livre contenda de interesses e opiniões. Os conflitos expressam-se na discussão democrática. O nosso modo de viver é plural. Mas tampouco é o atual pluralismo político e cultural do País que, por si só, espontaneamente, fabricará a eficácia política que unanimemente reconhecemos fundamental e requeremos.

Mas sem uma mudança política, assertiva, clara e definidora, por resposta vigorosa e democrática, nada mais poderemos alcançar.

(Continua)

sábado, 8 de julho de 2017

Imagens de Portugal


(...) Tão de repente,
Realidade, tu poisaste o teu pé
Nas pegadas do mar, disseste
águas, exorbitaste dos olhos,
e repetiste: lágrimas. Chamaste
a coroa das palavras, o nome
de todas as palavras, neste lugar:
a língua, no tempo de Portugal. (...)

Fiama Hasse Paes Brandão, 
«Teoria da Realidade. Tratando-a por tu» (excerto) 
in Cenas Vivas, Lisboa, Relógio D'Água, 2000 (1997)

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Análise da Situação Política



As crises ou problemas sociais, económicas e financeiros que se nos antepõem são, em primeiro lugar, problemas da organização da sociedade em que vivemos e da política que praticamos.

A abertura da nossa economia não é explicação para os problemas que hoje enfrentamos. Sabemos que o modo como foram geridas as relações do Estado com suas várias parcerias e as irresponsabilidades da Banca estão no centro do descalabro financeiro, dos problemas económicos e da retração da expetativa dos portugueses.

O nosso percurso social e económico foi constituído de alguns poucos anos de entusiasmo e por muitos de preocupação.

Porém, recuso atribuir atrasos e percalços a problemas de índole social ou nacional.

Mas falta adequação pedagógica e falta consistência nas políticas de prevenção.

Sabemos que colhemos o fruto da falta de estratégias orçamentais a longo prazo.

É preciso voltar a pôr questões políticas essenciais. (Continua)

domingo, 2 de julho de 2017

Leituras



«O estudo das formas do passado ajuda, sem dúvida, a compreender o funcionamento da complexa realidade em ue estamos inseridos e a tomar consciência dos limites dentro dos quais é possível alguma mutação ou mesmo a elaborar estratégias adequadas para transformar num sentido positivo uma realidade cultural, social ou económica que já não corresponde às necessidades do mundo actual.»

in José Mattoso, Identificação de um País, Vol I, Ed.Estampa, 1985, pág 25.


terça-feira, 27 de junho de 2017

Imagens de Portugal


«Son imagination venait de se révéler avec l'instinct de la variété, du mouvement, de l'espace. Il rêve le sort agité de [Fernão Mendes] Pinto (...).»

Charles Nodier (académie française), "Notice sur Goldsmith" in Oliver Goldsmith (1728-1774),  L'Ensigne du Pot Cassé, Paris, 1947 (1ªed française), págs.10-11. 

domingo, 25 de junho de 2017

Frases



«(...) la faveur [de l'opinion publique] est naturellement du cotê des hommes [et des femmes] qui paraissent avoir fait à leur conscience le sacrifice de leurs intérêts.» in Benjamin Constant, Du Pouvoir royal dans les monarchies constitutionnelles, 1817.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Frases


A justiça é o fiel da igualdade
in FRLobo, Cortes na Aldeia, Diál.VII, 1619


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Leituras

B.Constant

(...) tandis que les uns s'attachent obstinément à un passé qui ne peut renaître, les autres compromettent l'avenir par des aspirations et des utopies irréalisables.

Charles Louandre, Avertissement Sur Cette Édition in Ouevres Politiques de Benjamin Constant, Charpentier et Cie, Librairies-Éditeurs, 1874.

Gerar o fator grandeza (desde 2013)


Haverá que gerar o fator grandeza que não existe na maioria da mentalidade portuguesa. (Vide J.M.LopesPires e A.C.Rebelo Duarte, Cadernos Navais, 44, 2013)

Alterações Climáticas e A Nova Economia


«The United Nations predicts that the U.S. will lose jobs in the rapidly 
growing clean energy industry ― estimated to be worth $6 trillion by 2030 
― to Europe, India and China. Countries that tax emissions may put tariffs 
on American-made imports. And big companies that expect the U.S. will 
have to regulate carbon eventually are likely to see ditching the deal as 
only delaying the inevitable, while also sowing the sort of instability that 
investors don’t like.
Trump’s decision also defies the desires of many major corporate and fossil
fuel interests. Oil giants including Exxon Mobil Corp. and Royal Dutch Shell 
pleaded with the administration to stay in the deal, as did coal producers 
and corporate behemoths such as Walmart, General Mills and DuPont, 
all of which operate internationally.» @

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Eventos

 

Inscrições: Até ao dia 23 de Junho para o email da Real Associação ou através dos contactos telefónicos: 917158396 ou 965056478

Eventos

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Leituras: Energia Nuclear: Uma opção para Portugal?




O País encontra-se numa encruzilhada histórica e dramática. Ou encontra competitividade no seu sistema produtivo, ou estará condenado a prosseguir nas próximas décadas o plano inclinado para um endividamento e empobrecimento crescentes.

A energia, como factor na base de toda a actividade económica, terá que ser ela própria capaz de ser exportável, e de contribuir para a capacidade exportadora do tecido produtivo nacional. O cluster eólico, devido aos limites técnicos na injecção na rede, deveria ser reorientado para a exportação.

A energia nuclear é hoje a energia mais procurada para substituir as formas convencionais de geração eléctrica de forma competitiva, segura e sem emissões significativas de GEE’s (mesmo nos Países do Médio-Oriente). A sua introdução em Portugal é condição indispensável e incontornável, no estado actual da tecnologia de energia, para reganhar competitividade.

Pedro de Sampaio Nunes, «Energia Nuclear: Uma opção para Portugal?», Sociedade de Geografia de Lisboa, 24 de Novembro de 2009