quarta-feira, 31 de maio de 2017

Carr é também fonte da atualidade política nacional (consciente ou não)




«If we speak of freedom, we do not mean a rugged individualism which excludes social organization and economic planning. If we speak of equality, we do not mean a political equality nullified by social and economic privilege. If we speak of economic reconstruction we think less of maximum production (through this too will be required) than of equitable distribution».

Carr by Jonathan Haslam @ The Vices of Integrity, pp. 84–85

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Leituras: «Serviço ao poder ou o poder ao serviço?»



Serviço ao poder ou o poder ao serviço? Patrocinato e governos partidários em Portugal. 

O patrocinato tem sido consderado uma importante dimensão do modelo de governos partidários. Contudo, a conceção convencional da utilização do patrocinato remete para a distribuição de cargos na administração pública a ocorrer para efeitos de recompensa por serviços prestados ao partido no governo. Esta perspetiva não é inteiramente satisfatória. A crescente complexificação e fragmentação dos processos de governação, juntamente com o poder das estruturas administrativas no processo de políticas públicas pode impelir os governos partidários a procurarem novas formas de controlar a máquina administrativa do Estado. Este trabalho procura, através da análise de entrevistas de elites, demonstrar a emergência de um valor instrumental das nomeações, com estas a serem utilizadas (também) para reforçar o controlo político e reduzir os riscos associados ao processo de delegação.

Patrícia Silva & Carlos Jalali, «Serviço ao poder ou o poder ao serviço? Patrocinato e governos partidários em Portugal», Análise Social, 220, li (3.º), 2016, 630-656.

domingo, 28 de maio de 2017

Falta uma «teoria da mudança» suficientemente consensualizada para que as mudanças económicas e financeiras possam ser estáveis e fundamentadas

Necessária uma instituição para o longo prazo


Casa Real Portuguesa


«The study of long-term patterns of technological change economic cycles begin with the emergence of new technologies and infrastructures that promise great wealth; these then fuel frenzies of speculative investment, with dramatic rises in stock and other prices. During these phases finance is in the ascendant and laissez faire policies become the norm. The booms are then followed by dramatic crashes, whether in 1797, 1847, 1893, 1929 or 2008. After these crashes, and periods of turmoil, the potential of the new technologies and infrastructures is eventually realised, but only once new institutions come into being which are better aligned with the characteristics of the new economy.» @


Precisamos de uma instuição que permita uma mesa para estabelecer objetivos comuns à democracia em projetos de médio e longo prazo.

Consideremos o passado e algumas das políticas que obtiveram sucesso. Todas elas usufruíram de continuidade, guindando-nos aos melhores lugares na comparação internacional. É o caso dos cuidados materno-infantis, é o caso das infra-estruturas de comunicação, viária e digital, é o caso da investigação científica e tecnológica, é o caso do tratamento da toxicodependência.

É necessário intensificar, investir mais, em pensamento estratégico, mas sem uma instituição apropriada, longe dos conflitos partidários e eleitorais, não poderemos conseguir a coesão, determinação e força política para democraticamente decidirmos em conjunto sobre os consensos de longo prazo que são urgentes.



Artes

pormenor G.Bolonha - Rapto das Sabinas


O desejo, ardente ânsia
Incessante não se aquieta
E se refaz como respira.
Sempre afirma e certifica
Sua fortuna como vera e bela.
Coubesse na vida breve,
Pudesse enganar a morte
Como na vida tanto desengana.
Mas sem largueza, paz e vista
Logo procura já imaginando
Outro calor que tudo lhe confirme.
O sedento sonho corre
Como nuvens no ar consentidas.
Negar desejo é vã refrega,
Esse camaleão muda de si, cor e sonho
Mas não muda nunca o querer,
Dar, mandar e receber sem sossego,
Vogando escurecido por inquieto.
Que forma, que lei, que costume,
Que engano enganado aprume?

PC

sábado, 20 de maio de 2017

Frases


«A Justiça é o fiel da igualdade»
apud Francisco R. Lobo in Corte na Aldeia, diál.VII

Imagens de Portugal



“Para festas Milão, para amores Lusitânia” 
                                 M. Cervantes

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Imagens de Portugal


Ce fait historique n'était pas entièrement inconnu, mais j'ose affirmer que de nos jours personne se s'en était clairement rendu compte. J'en ai fait d'ailleurs l'essai et j'ai posé la question àdes collègues et à des amis, en la précisant et en léxplicant à peu prés ainsi: "Selon vous, a-t-il existé une langue mondiale avant le français? Cést-a-dire une langue par laquelle on pouvait se faire comprendre un peu partout en Afrique, en Asie et en Amérique, et pas seulement dans quelques colonies?" Eh bien, personne nést arrivé au portugais; quelques-uns ontmentioné l'éspagnol; peut-être ma définition de "langue employée dans la plus grande parie du monde" a-t-elle confondu mes interlocuteurs. Et quand même, comme je vous le montrerai, vous avons des preuves que le portugais - et non l'espagnol - a été la langue de communication par excelence aussi bien aux Antilles que sur les côtes de la Chine par exemple - la "língua franca portugaise", comme l'appelait dans la 1re moitié du XVIIIe siècle le voyageur allemand Otto Mentzel, pour l'opposer à la língua franca méditerranéenne. Mentzel avait passé une huitaine d'anées au Cap, probablement de 1733 à 1741; c´etait le grand adversaire de Peter Kolbe, son compatriote et un autre témoin important. Mais il sont d'accord sur l'ubiquité du portugais dans la colonie du Cap et aux Indes Orientales.
[Na continuação deste estudo, os exemplos citados  provam a presença do português nos lugares mais remotos e distantes do globo, língua de comunicação mesmo entre os vários estrangeiros e em locais de tão dispersas regiões.]

M. F. Valkhoff in «L'importance du portugais comme langue mondiale avant le français», Miscelânea Luso-Africana, Colectânea de Estudos Coligidos, JICU, Lisboa, 1975, p.74-75 e sgs.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Frases


«[Além de] (...) Macedónia e Roma, poucas vezes um povo partindo de tão pouco alcançou (...) um tão claro direito a ser tido por "grande".» 
Edurado Lourenço, O Labirínto da Saudade, Círculo de Leitores, Lisboa, 1988, pág. 17. 

domingo, 14 de maio de 2017

Artes


Allfons


Sucedem as vagas arfando arredondadas
Aparecidas, entornadas e dadas,
Nunca cessando de revolver
Misteriosa levedura no forno

Terrível estremece a tormenta
Geme e rompe a existência,
Que visão comprometedora
O espesso céu em que o mundo ferve.
               
                            PC


quinta-feira, 11 de maio de 2017

Haja Memória



«In this century of storm and tragedy, I contemplate with high satisfaction the constant factor of the interwoven and upward progress of our peoples. Our comradeship and our brotherhood in war were unexampled. 
We stood together, and because of that fact the free world now stands. Nor has our partnership any exclusive nature; the Atlantic community is a dream that can well be fulfilled to the detriment of none and to the enduring benefit and honour of the great democracies
                                                  W.Churchill

Pensando a estratégia portuária do País

António José Monteiro

É necessário despertar «(...) para as vantagens de implementar uma estratégia portuária adequada no quadro de uma economia (...) global. Orientado inicialmente pelo desígnio de “continentalização”, decorrente da necessidade de convergência e relacionamento com o espaço europeu, [o País] acabou aí por se descobrir periférico e, desse modo, frágil e sem escala. Oxalá ainda haja tempo de atenuar a nossa condição periférica, perspectivando-a no espaço atlântico onde recupera centralidade.»  
                                                                  in Jornal da Economia do Mar

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Evento


A Real Associação de Lisboa celebrará o seu XXVIII Aniversário no próximo dia 20 de Maio de 2017. Haverá uma visita ao renovado Palácio de Queluz, guiada pelo Senhor Professor Helder Carita. Segue-se um almoço em Sintra presidido por S.A.R. o Senhor Dom Duarte e um passeio no tradicional elétrico até à Praia das Maçãs.

As inscrições estão abertas até dia 15 de Maio directamente na nossa sede: Praça Luís de Camões, 46 2º Dto | 1200-243 Lisboa (de segunda-feira a quinta-feira, das 15:00 às 18:00), pelo endereço electrónico secretariado@reallisboa.pt ou pelo telefone: 213428115 no horário de atendimento.