sexta-feira, 20 de março de 2015

terça-feira, 17 de março de 2015

Imagens de Portugal

Pedro Jorge Alves

Poesia


Eu não sou quem fiquei; o meu delito
Lá anda atrás de forma mal formada
Pelo convés do vento, p´la amurada
Do mar interno e franco onde me agito.

Passaporte caduco...As fronteiras que invado
São migalhas de sombra e restos de sentido.
Tudo é fragmento em verbo diluído
Através do convés lentamente embalado.

Eu não sou quem, atado, coincide
Com foto de cartão de identidade.
Sou memória dum mundo que me invade,
Sou espaço que o ar prensa e divide.


José Martins Garcia in No Crescer dos Dias, 1996

segunda-feira, 16 de março de 2015

Imagens de Portugal

Aveiro (Pedro Jorge Alves)

Visitando o Principado do Mónaco

Poesia

Nos altíssimos mares, que cresceram,
A pequena grandura dum batel
Mostra a possante nau, que move espanto,
Vendo que se sustém nas ondas tanto.


Luis Vaz de Camões

quarta-feira, 11 de março de 2015

Artes

José Julio de Souza Pinto
A colheita de batatas, 1898

sexta-feira, 6 de março de 2015

Primavera

José Julio de Souza Pinto
Apanhando flores, óleo sobre tela, séc. XIX-XX, Museu do Chiado, MNAC


A colheita de batatas, óleo sobre tela, 1898 - Museu d'Orsay

quarta-feira, 4 de março de 2015

Visitando

Poesia (Mar)

(...)
Espumoso como um vinho singular,
Salgado e azul,
Só bebido por náufragos
E nascituros
Da terra, a olhar-te,
Embebedam-se os olhos
Dos poetas.
Mas excedes, também, os versos do seu canto.
Oceano, oceano, oceano,
Grita do céu uma gaivota inquieta.
Desamparada, a asa do finito
Mede, aterrada, as léguas de infinito...

Miguel Torga, «Mar» in Diário IX, 1963

Poderes

F.Sá de Miranda, «Os Vilhalpandos», Acto II, Cena III


terça-feira, 3 de março de 2015

Poesia (Mar)


Musa ensina-me o canto
Onde o mar respira
Coberto de brilhos


Sophia de Mello Breyner Andresen